Doações de 2004

Sem título, 1995

Mármore e madeira
80 x 270 x 125 cm

José Pedro Croft  

Sem título, 1995 

Retomando as questões diretrizes da tradição escultórica, Croft conduz uma indagação sobre a impossibilidade da escultura atual através de uma cirúrgica e, portanto, eficaz e rigorosa investigação em torno do espaço, entendido como interação de volumes e vazios. Uma economia processual, assente na integração de objetos utilitários, como ponto de partida para uma experimentação sobre o espaço (uma mesa) e na posterior anexação, de carácter proteico, como o próprio artista a qualificou, de materiais e formas procedentes de realidades heterogéneas e divergentes (quatro placas de mármore). Estas placas dispõem-se de forma a preencherem os vãos da forma elementar da mesa, assim delimitando o vazio interior e tornando-o visual e volumetricamente contabilizável, ao mesmo tempo que nos são subtraídas parcialidades do próprio objeto, provocando deste modo a sua desfuncionalização. Um jogo de tensões é suscitado pela ativação do espaço falsamente vazio e pelas oposições entre vazio e cheio, entre a vida orgânica e a frieza do inorgânico, entre o claro e o escuro, entre a leveza e o peso. (Maria Jesus Ávila)
 
KWY, n.º 10, Outono de 1962
KWY, n.º 10, Outono de 1962
KWY, n.º 11, 1963
KWY, n.º 11, 1963
KWY, n.º 12, Inverno de 1963
KWY, n.º 12, Inverno de 1963

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